Dia Internacional do DJ: conheça as histórias de profissionais que atuam no ramo em Santa Maria

Dia Internacional do DJ: conheça as histórias de profissionais que atuam no ramo em Santa Maria

Foto: Gabriel Haesbaert (Arquivo Diário)

“Toca aquela...” “Essa é a minha música.” “Lembra dessa?” “...Me lembra aquele dia”. Seja para dedicar, rememorar ou festejar, a parceria de todas essas frases é com os DJs. Populares desde 1970, hoje, por vezes, são confundidos com um playlist no celular, plataforma de streaming ou reprodução automática em modo aleatório


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Na verdade, a música está em todos os lugares, mas é o profissional quem consegue ler de multidões a grupos segmentados, quem tem o termômetro entre as músicas atmosféricas ou as enérgicas, que fazem momentos se tornarem ímpares e conduzem o corpo. Quem faz essa escolha delicada fica um degrau acima, em um ângulo que todos vêem, e, ao mesmo tempo, que a todos possa enxergar. Neste sábado (9), comemora-se o Dia Internacional dos DJs, data oficializada em 2002. E Santa Maria tem história para contar.


Miolo atua no segmento de música eletrônica desde 2016, mesmo ano em que resolveu buscar conhecimento. Ele se inscreveu no curso do DJ Ricardo Xavier, de maneira presencial, sendo duas horas por semana, durante três meses. Foi o primeiro passo da carreira que adicionou o prefixo DJ como símbolo do seu nome profissional:  

Foto: Pablo Zambeli


– Desde que eu me conheço por gente, pitoquinho, adorava ouvir meu pai escutando aquelas músicas flashback dos anos 70, 80, 90. Desde então, eu gostava bastante daquele “kique”, daquela batida que tinha um grave bem acentuado e marcante. E aquilo lá já começava a mexer comigo. Em 2016, fiz o curso. Antes disso só fomentava, era frequentador assíduo das festas de música eletrônica.  E acabei optando por focar somente nesse estilo, principalmente House. Nesse pilar tem várias ramificações.

 

O trabalho se torna satisfatório quando consegue observar o público e virar as músicas conforme a energia do momento, constata Miolo. Ele entende que evoluiu muito desde seu primeiro palco, o Rockers:


– Não lembro a data e nem o nome da festa, mas era uma noite quente de quinta-feira no Rockers. Lá é um local que muita gente começou. E vamos evoluindo. Hoje, a gente acaba percebendo a sensação da pista através do olhar das pessoas, do próprio ritmo do corpo quando elas estão dançando. A partir daí, posso botar uma música uma hora mais atmosférica, outra hora mais enérgica, e assim vai.

Foto: Pablo Zambeli

O cenário de Santa Maria é positivo para os profissionais, acredita o DJ. A circulação de universitários contribui para que novos nomes surjam, e outros cresçam e acabem indo embora. No seu caso, DJ Miolo resolveu expandir no território. Ele é um dos criadores da Mystica, festa realizada a cada três meses no Espaço Eventual, na BR- 158, Km 318, próximo ao Corujão.  


– Não é questão de botar música no pen drive e dar o play na hora. Existe muito tempo envolvido no pré-evento, para seleção de músicas e para adaptação – desmistifica o DJ Miolo.


A escola de astros

Foto: Divulgação/Arquivo pessoal


E o professor de Miolo, DJ Ricardo Xavier, ensina esses processos há anos em Santa Maria.  Por seu curso, já passaram inúmeros DJs. Atualmente, suas aulas são pela Musiartes Escola de Música, mas antes o processo era independente. No final dos anos 90, Xavier já formava apaixonados pela discotecagem


Nas aulas, há noções de física acústica, funcionamento dos equipamentos da sonorização, Teoria Musical, técnicas com mídias digitais, entre outros, explica o professor: 


Da esquerda pra direita: Juliano Coelho, Julio, Arno Costa, Claitom Machado e Rossano Jaula. Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal


 – Na década de 90, era muito complicado obtermos informações e novidades. Elas chegavam por rádio, revista, jornal, tv. Não tinha internet difundida. E as técnicas de discotecagem eram guardadas a sete chaves por aqueles que sabiam. Tive que fazer um curso de DJ, um básico e de performance para transmitir esses conhecimentos. E deu certo. São várias modalidades para aprender. Neste período de trabalho, muitos dos seus alunos migram para todo o Brasil, e até para o exterior.


Missão cumprida – entende o professor.


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